Rádio

terça-feira, 19 de junho de 2012

O rádio na era digital




Abert discute o futuro das transmissões radiofônicas, que serão modernizadas a partir de 2013

A programação das rádios brasileiras deve estar disponível no formato digital a partir de 2013. A estimativa da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) está baseada na agenda política do Ministério das Comunicações, que vem realizando testes para definir a tecnologia a ser aplicada no Brasil e pretende fazer a escolha do modelo — apoiada em consulta pública — até novembro. Os desafios da digitalização da rádio no país serão discutidos no 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão da Abert, que acontece em Brasília entre amanhã e quinta-feira.

A modernização do meio de comunicação integra a comemoração dos 90 anos do rádio no Brasil, destacada no encontro. "Nesse ambiente de convergência de mídias e de tanta tecnologia aparecendo, o rádio vem se saindo bem. No primeiro trimestre de 2012, cresceu 14,4%. É um belo crescimento, um crescimento chinês", afirma o diretor-geral da Abert, Luiz Roberto Antonik.

A tecnologia digital no rádio permitirá, por exemplo, que uma emissora nacional ajuste a frequência automaticamente na mudança física do ouvinte entre diversos estados. Outra vantagem é a interatividade. "Nos Estados Unidos, onde já funciona o rádio digital, você escuta uma música num aparelho de MP4 e a capa do disco aparece no display. Você pode baixar a letra e comprar a música. O rádio digital agrega uma porção de serviços, não apenas a melhoria da qualidade do som", exemplifica Antonik.

A digitalização do rádio vai exigir que os ouvintes comprem novos aparelhos, mas telefones celulares e aparelhos MP3 já serão compatíveis com a tecnologia, a ser definida pelo governo. Uma das opções testadas é conhecida como HD Rádio, modelo americano consolidado há sete anos. A outra, chamado DRM, é usada na Europa, mas ainda não se configurou como realidade comercial. No Brasil, independentemente do modelo escolhido, o sistema analógico ainda continuará funcionando por pelo menos oito anos.

Uma das demandas da Abert no contexto da digitalização é o aumento do dial das rádios, ou seja, o espaço de sintonia. Atualmente, a frequência utilizada vai de 88 a 108, na FM. A expectativa é que o dial comece no 76. "Teríamos uma melhora espetacular no rádio brasileiro, permitindo igualdade de competição para essas rádios AM que tanto têm sofrido com a sujeira do espectro eletro", explica o diretor-geral da Abert.

A flexibilização da Voz do Brasil também será debatida no evento. Tramita no Congresso Nacional projeto que permite alteração no horário do programa obrigatório para o período que vai das 19h às 22h. O objetivo seria adaptar a transmissão às características do ouvinte de cada rádio. Para ir à sanção presidencial, o projeto ainda precisa ser aprovado no plenário da Câmara.

Com informações do Correio Brasiliense

Fonte: Clipping Planejamento

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