Rádio

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Parabéns aos radialistas!




Radio+idealista = Radialista

21/09/09

Nesta segunda-feira, dia 21 de setembro, se comemorou-se o "Dia do Radialista".

Em homenagem à data, o Adnews colheu declarações de dois renomados profissionais da área para resumir o que é ser radialista nos dias de hoje e perspectiva para a profissão. Veja abaixo a opinião de Zallo Comucci, Gerente Executivo da CBN e Miriam Chaves, diretora-executiva da rádio Eldorado AM e FM.


- O que é ser radialista nessa era digital da comunicação?

Zallo Comucci: A CBN surgiu em 1991 para levar jornalismo 24 horas no AM e três anos depois foi também para FM, onde conquistou um novo público. Hoje, o nosso desafio é conquistar as pessoas que estão plugadas. E isso já vem acontecendo. As pessoas estão criando o hábito de ouvirem rádio no computador do trabalho ou de casa enquanto navegam na internet. Isso significa que o rádio se integra perfeitamente com a internet. Além disso, temos explorado todas as ferramentas que permitem a interação. Nós temos usado o blog para mostrar os bastidores e receber as sugestões de nossos ouvintes. Hoje, praticamente, todos os programas da CBN utilizam o Twitter. Assim os ouvintes podem passar informações da rua, podem fazer perguntas aos entrevistados e também podem fazer comentários sobre os assuntos de seu interesse.


- O que falta melhorar na profissão?

ZC:O Rádio é tão ou mais rápido do que a internet. Um repórter com um celular entra no ar e narra o fato no momento em que ele está acontecendo. Além disso, o repórter utiliza também o celular para fotografar os acontecimentos da cidade e envia para a publicação nos blogs dos programas. Quanto à interatividade, o jornalista de rádio já estava acostumado. O rádio sempre usou o telefone para participação do ouvinte. Agora o rádio utiliza a internet para aumentar essa interação. O e-mail, o blog, o twitter, essas ferramentas deram ao rádio uma possibilidade muito maior de interatividade.


- Como será daqui a alguns anos?


ZC: As perspectivas do rádio são ótimas. A do jornalista também. É claro que a tecnologia digital passou a exigir do jornalista um cuidado muito maior. No passado, o jornalista tinha mais tempo para apurar a notícia. Hoje, a facilidade é tão grande que o perigo de você colocar uma notícia que não aconteceu é muito maior. Além disso, a pressão da concorrência pode levar o jornalista a cometer erros. De qualquer forma, no rádio, na internet, em todas as mídias, sempre será necessária a presença do jornalista. O volume de informação que temos acesso é muito grande. Isso exigirá o trabalho de um profissional com credibilidade para fazer a seleção das informações mais importante para o público.



- O que é ser radialista nessa era digital da comunicação?


Miriam Chaves: O rádio complementa os outros meios digitais. Nós não queremos competir com eles, mas sim nos aliar e aumentar o número de meios para divulgar o bom conteúdo da Eldorado. Hoje, é possível ouvir a eldorado pelo celular e acompanhar as notícias pelo site Território Eldorado.


- O que falta melhorar na profissão?

MC: O rádio é mais rápido que a internet, pois ele é ao vivo e instantâneo. Nossos repórteres estão sempre na rua e conseguem interagir com os ouvintes. No caso do buraco do metrô em São Paulo, por exemplo, a Eldorado estava lá para passar as notícias assim que aconteceu o episódio. Assim que acontece alguma notícia importante como a queda de um avião, o público ainda liga o rádio para saber o que aconteceu.


- Como será daqui a alguns anos?


MC: O rádio vai continuar existindo, pois ele é o único meio que permite com que as pessoas ouçam as notícias fazendo outras atividades. Os outros meios exigem que as pessoas estejam paradas. Os radialistas vão continuar trabalhando como hoje. Eles vão continuar transmitindo as notícias e interagindo com o público.
Fonte: AdNews

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