Confesso que demorei a me render ao gravador digital. Tinha o meu pré-histórico de fitona desde o primeiro período de faculdade e com ele fiquei até este mês, quando decidiu parar de funcionar de vez (a tecla de rebobinar já saltava fora quando eu apertava o Play há vários anos
).
Quer dizer, se ele ainda estivesse funcionando, talvez eu ainda estivesse armazenando fitas na minha caixa aqui do lado...
Mas minha última pauta foi feita com o gravador digital que comprei pela internet (este aí que ilustra o post – longe de ser um dos melhores, mas valeu o custo-benefício). E queria dividir as impressões de uma recém-convertida, até para ajudar os (raros) que ainda se apegam à K7:
- Minha bolsa ficou cinco vezes mais leve;
- Ainda demorei algum tempo para me acostumar aos botões, mas depois de dois dias entrevistando as pessoas, peguei o jeito;
- Mesmo assim, perco alguns segundos para colocar para gravar: quando antes eu só tinha que apertar play-rec e pronto, agora tenho que ligar, colocar em modo de espera e dar o rec. Meu gravador não é rapidíssimo, então lá se vão uns 7s. Mas nada que vá fazer tanta falta no dia a dia;
- Esqueci de desligar a gravação em certo momento, deixando o gravador ligado dentro da bolsa por três horas. Serviu pra gastar pilha à toa, mas também para ver que a qualidade do áudio é excelente, porque eu consegui ouvir tudo o que as pessoas disseram no período em que ele esteve embaralhado entre minhas chaves, celular, papéis, canetas, bloquinho, e todas as coisas que dizem que existem em bolsas femininas
- Não sei se é burrice minha ou do gravador, mas estou com dificuldades de cortar as gravações antes de passar para o computador e demoro anos pra dar FF;
- A qualidade da gravação pelo telefone também é bem melhor e com bem menos cortes que sofria com meu gravadorzão (mas talvez porque o fio seja mais firme também);
- AMEI poder passar meus áudios pro computador em poucos segundos, via USB! Uma grande vantagem disso, além da organização, é que dá para editar áudios em programas como o Soundforge e tirar ruídos ou aumentar bastante o volume – o que muitas vezes é o único jeito de ouvir uma gravação sofrível;
- Uma vez no computador, coloquei minhas entrevistas em pastinhas organizadinhas, com nome de cada entrevistado e data, dentro de outras subpastas. Definitivamente mais fácil de encontrar o trecho que eu quero na hora de fazer a transcrição ou de checar alguma informação do texto;
- É possível separar as falas dos entrevistados durante a gravação, bastando apertar stop e rec de novo. Em uma entrevista longa, sobre vários temas diferentes, essa separação funciona como pré-edição e facilita muito na hora de escrever;
- Achei menos assustador para os entrevistados do que o gravadorzão.
Enfim, essas são as primeiras impressões. Claro que podem mudar à medida que eu for conhecendo melhor meu novo parceiro de pautas. Mas, no geral, recomendo!
Fonte: Folha Online Blogs
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